Família

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segunda-feira, 26 de maio de 2014

O VALOR DO TRABALHO

Acredito que as pessoas que trabalham somente pelo dinheiro devem ser muito infelizes. No meu ponto de vista, o dinheiro é útil e importante para o nosso bem estar e conforto, mas não é tudo.

O trabalho é a lei da vida. Por meio do nosso trabalho, nos desenvolvemos e crescemos como seres humanos e desenvolvemos a nossa sociedade. Todos contribuem, seja pelo labor físico, intelectual ou ambos. Já pensou se vivêssemos isolados uns dos outros? Perderíamos várias oportunidades de crescimento. É por meio da relação com o outro e da relação com o nosso trabalho que nós nos tornamos pessoas melhores, menos egoístas e orgulhosas, mais pacientes, benevolentes e caridosas.  E a nossa sociedade? Estaríamos na idade da pedra se não fosse o nosso trabalho. Reparem como evoluímos.

Temos que trabalhar por uma causa maior, seja pessoal ou social. O trabalho só pelo dinheiro perde o seu valor! Eu sei que é difícil pensar assim em uma sociedade consumista como a nossa. Mas mudar é primeiro questão de vontade, segundo, de treino. Para quebrar paradigmas, nada melhor que exercitar a mente! 

Bom, todo esse meu blábláblá é para falar de três exemplos que eu tenho em minha casa, três pessoas que desejam uma vida melhor, com mais conforto, com menos estresse e com mais descanso; mas que fazem do seu trabalho mais que isso, fazem dele uma fonte de amor ao próximo! Essas pessoas são: a técnica Andreia, a cuidadora Anita e o fisioterapeuta Guilherme. Não vou contar nenhuma história específica porque, graças a Deus elas são muitas. Mas posso dizer que muitas vezes eu fico constrangida pelo altruísmo deles, pois eu não sei se seria capaz de fazer o mesmo... Confesso!

Obrigada por fazerem parte da minha vida e por me ensinarem a ser uma pessoa melhor! Não há dinheiro no mundo que pague por isso.  

Beijos,
Dani.

terça-feira, 20 de maio de 2014

QUASE MORTE

Oi pessoal, andei sumida porque tenho passado por maus momentos. No último, passei por uma experiência de quase morte. Foi muito traumático e desesperador!

Comecei a sentir falta de ar e estava com secreção no pulmão. Quando avisei que estava mal, a minha saturação (oxigenação) estava boa, e esse é o problema. Ninguém se importa com aquilo que eu falo, que sinto. Eu não minto. Se falo que estou passando mal é porque estou, mesmo que meus sinais vitais estejam perfeitos. Agir antecipadamente é sempre mais inteligente. Às vezes não é possível trazer a pessoa de volta de uma parada respiratória.

Bem, vamos focar no que senti: não conseguia respirar. Eu estava muito secretiva e, para melhorar, resolveram me nebulizar. Tentaram conectar o nebulizador à máscara do bipap e, para isso, desligaram o aparelho. Fiquei sem oxigênio e sem o fluxo de ar do bipap. Era óbvio que a minha saturação ia cair. Eu não conseguia falar, mas, ainda que discretamente, balançava a cabeça de um lado para o outro para que ligassem o bipap! Só que ninguém me entendeu. Daí, a minha saturação caiu para 72%, tive bradicardia - meus batimentos cardíacos foram para 62bpm, fiquei cianótica,  com pupilas dilatadas, unhas roxas, palidez facial e perda dos sentidos. Voltar a mim foi tão difícil! Exige tanto da gente, do nosso organismo. Voltar exige muito do físico, mas da mente também... a gente tem que querer. Fiquei exausta!

Só tem noção do que é não conseguir respirar quem já passou por isso. Você puxa o ar e ele não vem... o peito dói, você sente o coração sobrecarregado. Desesperador! Teve uma hora que a falta de ar foi tão grande e tão ruim que eu implorei a Deus para morrer logo.

No final das contas, sobrevivi, graças ao meu fisioterapeuta, Guilherme, e minha técnica, Andreia, que agiram utilizando seus conhecimentos. Quando a emergência chegou, mais de três horas depois de ser chamada, eu já estava estabilizada. Guilherme só foi embora depois que o médico chegou, pois é muito comprometido com o trabalho!

Ah! Um ponto importante: a ELA é uma doença que causa fadiga muscular... Até respirar cansa! Imagina então como é cansativo ter falta de ar, fazer ambu, fazer manobras respiratórias e voltar de uma parada respiratória. Depois de um episódio desse, deixe o paciente descansar e se recuperar. Fica a dica!

Beijos,
Dani. 


domingo, 4 de maio de 2014

QUER MOLEZA?

Quer moleza? Espere a morte, porque a vida é dura! Tenho aprendido isso a duras penas. Segundo a religião que professo, estamos aqui para crescermos espiritualmente, apesar de ter gente que acha que veio a passeio. Nada acontece por acaso, então, se estou doente, é por algum motivo. Não culpo ninguém e também não quero ser culpada. Provavelmente, eu tenho muito para evoluir, por isso tanto sofrimento. Mas o aprendizado é coletivo e todos que convivem comigo levam o seu pedacinho de aprendizado. Temos que ser espertos e pegar a parte que nos cabe.

Quanto mais rápido o aprendizado, menor o sofrimento. É difícil! Eu mesma quase sempre não aproveito as oportunidades de crescimento que a vida me dá. Sou humana e erro, só que no meio de tantas coisas, mantenho a minha mente funcionando normalmente. A minha psiquiatra me diz que isso é uma bênção... Não sei... Tenho dúvidas... Mas tenho uma certeza: para não sucumbir, eu preciso do amor daqueles que me amam, principalmente dos meus pais e meu marido.

Para finalizar, cito a personagem de Jack Nicholson no filme Antes de partir : "ai que inveja de quem está tendo um infarto agora!" rsrsrs
 
Beijos,
Dani.