Continuando minhas histórias de luta e de fé em busca da cura.
Centro Espírita de Manaus
Eu fazia o ESDE -Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita na FEB. Minha professora, que é minha amiga até hoje, me apresentou uma colega de outra turma cuja filha havia sido curada de um problema pulmonar em um centro espírita em Manaus. Foram meses de conversa e explicações sobre o funcionamento do centro até eu resolver ir. Fomos eu e minha mãe. Um amigo do Alkinder muito querido, que morava em Manaus, passeou conosco pela cidade e nos levou ao centro. Chegamos muito cedo: ficamos suando, digo, esperando até tudo começar. A médium da casa atendia incorporando um médico. Ela disse várias coisas, mas só me lembro da parte que disse que minha doença estava muito avançada e que ia ser difícil me ajudar. Acho que foi o único lugar em que ouvi a verdade. Mas de qualquer forma, eu faria o tratamento mais tarde no mesmo dia. Tive que tomar um banho de ervas e colocar uma roupa branca. Assistimos uma palestra e depois eu fui a um quarto cheio de camas. Deitei em uma das camas e fiquei lá por uma hora. Recebi passe, orações, e ainda fiz uma cirurgia espiritual. Como eu não poderia dar continuidade ao tratamento presencial, eles agendaram várias sessões de tratamento a distância. Durante mais de um ano, uma vez por mês, eu me recolhia ao meu quarto no horário agendado, durante uma hora. Gostei muito de lá. Se eu morasse em Manaus, eu teria frequentado o centro toda semana.
Centro Espírita Casa do Caminho - Juiz de Fora
Esse foi o penúltimo lugar que fui. Já não andava mais e não queria saber mais de nenhum lugar ou pessoa que fizesse cura. Eu sabia que se eu ouvisse falar de alguém, a fagulha da esperança se acenderia e eu iria atrás. Eis que a Rede Globo faz um Globo Repórter somente sobre curas. Evitei assistir o programa. Mas uma amiga me liga no dia seguinte me falando sobre esses centro de Juiz de Fora. Lá, a médium, D. Isabel, havia curado seu filho de esclerose múltipla com sessões de passes diários. Pesquisei sobre o centro e resolvi ir. O Alkinder estava de férias, pegamos o carro e fomos eu, Alkinder, meu pai e minha mãe. Foi uma viagem muito difícil porque eu já estava muito debilitada. Os lugares não são preparados para receber cadeirantes. Sofri um bocado. Mas a causa era nobre. Já que íamos até Juiz de Fora, programamos uma parada no Rio e em Resende para visitarmos meus irmãos. Primeiro trecho: Brasília - Belo Horizonte, só para eu poder descansar. Dia seguinte: Belo Horizonte - Juiz de Fora. Fomos ao centro. O lugar estava lotado. Era um salão grande, cheio de gente. Muita gente doente. Meus pais foram a tarde para colocar meu nome na lista de atendimento. No horário marcado começou a palestra com a D. Isabel. Logo depois, começam os atendimentos. Chamavam as pessoas pelo nome. Entramos em uma sala pequena e escura. Éramos umas dez pessoas. Umas oito na maca e duas na cadeira de rodas. Colocaram uma gravação da D. Isabel fazendo uma oração. Logo depois, D. Isabel deu um passe em cada um. Tomamos água fluidificada e saímos da sala. Só isso. De Juiz de Fora, fomos ao Rio e a Resende. O total de uma semana. Na volta, paramos em Juiz de Fora onde passei pelo mesmo processo. Com a diferença que, nessa segunda vez, fui abordada por uma moça ao sair da sala do passe. Ela trabalhava no centro e, como tinha me visto lá na semana anterior, queria me entrevistar. Ela me fez várias perguntas, mas uma me marcou. Não pela pergunta e sim, pela fisionomia da moça ao ouvir minha resposta. Ela me perguntou por que eu tinha ido ao centro. Eu lhe disse que tinha ido em busca da cura. Nesse momento, o rosto dela se transformou e me senti uma idiota por alguns instantes. Eu tinha tanta fé, mas a moça que trabalhava lá não acreditava que era possível. Enfim... Voltei para casa um pouco frustrada. Mas gostei muito de lá. Recomendo!
Seu Valentim - Gama DF
Foi logo no início da doença. Lembro que eu fiquei impressionada com a quantidade de pessoas. Muita gente, muita falação e muita confusão. É um lugar onde você encontra todo tipo de pessoas, do mais pobre ao mais rico. Uma vez, eu vi o Paulo Octávio lá - trata-se de um empresário e político do DF. O atendimento era por ordem de chegada. Para quem estava na fila, o atendimento só começava as 10h, mas eles abriam as 7h. O tempo todo tinha alguém pedindo dinheiro. Quando o atendimento começava, a gente deitava na maca. Seu Valentim, que parecia incorporado, encostava uma tesoura na nossa barriga e pronto. A gente se levantava e ia embora. Depois de ir algumas vezes, me colocaram no grupo de doenças mais graves. Quem participava desse grupo, tinha que chegar até as 7h e ficar no salão principal até as 10h, para absorver a energia do local. Depois das 10h, a gente passava pelo mesmo atendimento com a tesoura. Eu fui lá durante meses, três vezes por semana. No tempo em que frequentei o local, eu não vi nenhum momento de oração. Na época, o Seu Valentim tinha a ajuda de uma médica cirurgiã plástica, apelidada de Xerifa. Uma vez, eu fui com uma camisa da FEB - Federação Espírita Brasileira. Quando a Xerifa viu a camisa, ela começou a gritar que era de lá que vinha minha doença.Ela incorporou ou fingiu que incorporou um espírito obsessor. Ficou se contorcendo e gemendo, como se fosse um monstro. Depois, me disse que eu tinha que parar de frequentar a FEB. Desde esse dia, eu não voltei mais lá. Achei um absurdo! Fora que eu acho que devemos frequentar lugares que nos levam a Deus. Enfim. Só gostaria de deixar claro que eu fui em Seu Valentim em 2009. Não sei como funciona o atendimento lá depois de tantos anos.
Ainda tenho outras histórias que serão compartilhadas em outros posts. É isso!
Obrigada.
Beijo,
Dani.
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Beijo,
Dani.