Passei a semana inteira querendo dar uma volta pelas ruas do meu condomínio, mas nunca dava certo. Primeiro por causa da minha rotina. De manhã é o horário do banho, que é demorado por causa da aspiração. Em seguida, tenho meus atendimentos: fisio, fono, terapia ocupacional e psicóloga. Aí vem mais aspiração. Ainda tenho a visita de amigos muito queridos toda semana, fora as visitas ocasionais. Muitas vezes, meu dia é tão cheio que não me sobra tempo para outras atividades.
Acho ótimo!
Normalmente, estou liberada lá pelo final da tarde. Só que choveu a semana inteira nesse horário e nada de passeio. Aí eu acordei ontem, vi um solzinho e pensei: de hoje não passa. Mas sabe o que aconteceu? Faltou luz e eu tive que tomar banho mais tarde. Enfim... Saí do banho as 16h embaixo de trovões. Só virei para Elisangela, minha técnica, e disse: RUA. kkkkkkkkk... eu sabia que ia chover e me colocar na cadeira demora um pouco. Fiquei pronta já eram 17h. Pedi um casaco e fomos para a rua, eu, Fábio, Francisco, Mairlene (cuidadora), Elisangela e meu pai.
Quando estávamos saindo nos encontramos com uma vizinha que ficou muito feliz por me ver na rua. Ela deu alguns passos conosco e foi embora. Continuamos andando distraídos com uma casa bem bonita na esquina. Andamos uns 200 metros até chegarmos ao final da rua. Quando de repente, só escuto um grito: olha a chuva! Quando eu olhei, estava tudo preto. Aí foi o melhor momento do passeio. Em poucos segundos, a chuva nos pegou. Todo mundo começou a gritar e a rir.
A Elisangela tirou o jaleco e cobriu meu respirador. Foi então que começamos a correr. Com a cadeira em velocidade, eu sentia a brisa e as gotas de chuva no meu rosto. Uma sensação maravilhosa! De repente, senti uma toalha na minha cabeça e não via mais nada. Mas continuava ouvindo as risadas de todos e a voz do meu pai, em desespero, pedindo para que tivessem cuidado comigo. Nesse momento, Elisangela diz: Dani, olha a sua vizinha! Ela tira a toalha da minha cabeça e eu vejo a vizinha correndo em nossa direção com uma florzinha e um enorme guarda chuva na mão. Ri muito na hora. Ela coloca a flor no meu peito e alguém segura o guarda chuva. Muito gentil minha vizinha.
Chegamos em casa agitados e molhados. Meu irmão Fábio fala: se prepara para ouvir uma bronca da mamãe porque ela não queria que você tivesse saído. Bronca? Que nada! Ela estava secando o cabelo e nem percebeu que estava chovendo.
Fui dormir exausta, mas feliz. Fiquei passando as cenas na minha mente e rindo sozinha, agradecida a Deus por ter tido um momento tão simples, tão mágico e tão feliz.
Obrigada.
Beijo.
Dani.
Menina traquina! Imagino o quanto você deve ter curtido esse momento. Ficou tudo bem? Não teve resfriado? Bjos.
ResponderExcluirDani, imagino o desespero do seu pai, se eu estivesse junto não me sentiria diferente, mas fico imensamente feliz em te ver radiante assim. Bj gde
ResponderExcluirQue bom dar conta das pequenas coisas da vida que nos fazem felizes. Que sua vida continue cheia de pequenas sensações de felicidade! E de carinhos sinceros como este de sua vizinha.
ResponderExcluirBjs
Todos os dias peço a Deus q dê um pouco d essa alegria pra minha mamãezinha ... ela não quer sair de casa mais...triste não querer ver o mar...o sol...sentir o vento...
ResponderExcluirFique feliz com essas pequenas coisas...fazem total diferença na vida!!!
Dani você é uma fofa e já está em minhas orações! Um beijinho na pontinha do nariz!
ResponderExcluirÉ isso Dani! Aproveitar esses pequenos momentos que deixamos passar sem nem nos atentarmos para eles. São neles que encontramos a felicidade e não em algum rincão inalcançável. bjs te amo
ResponderExcluirComo são exatamente coisas tão simples as que nos deixam mais felizes...
ResponderExcluirMe emocionei...
Beijos,
Suelene, Max e meninos...
Essas pequenas aventuras tornam o dia mais alegre! Que bom que você se divertiu! Beijos!
ResponderExcluirLinda! Preciso ler mais seus posts.
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