Família

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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O DIAGNÓSTICO

Como já explicado na primeira postagem, passamos por vários especialistas em Brasília, e não encontramos respostas. Nossa neurologista da época sugeriu que fôssemos a São Paulo em busca de uma opinião. Na verdade, eu acho que ela sabia qual era a minha doença, mas por ser muito amiga dos meus tios, faltou-lhe coragem para nos contar.
Eu e Alkinder chegamos a São Paulo muito apreensivos, e fiz mais um exame de eletroneuromiografia (clique aqui para saber mais sobre o exame). A combinação entre o exame clínico e o eletroneuromiográfico não deixaram dúvidas àqueles médicos de que era Esclerose Lateral Amiotrófica. Nessa altura do campeonato, eu já havia pesquisado tudo sobre essa doença, e o anúncio do diagnóstico foi como receber uma sentença de morte! Deixei o consultório completamente atordoada. Sentei no meio-fio da calçada e chorei, chorei muito e pensava quanto tempo de vida eu ainda teria.
No dia seguinte, eu, psicóloga, sem perceber, me afundei na fase de negação do luto. Fomos conhecer a Rua 25 de março onde fizemos muitas compras e voltamos a Brasília. Chegando, eu parei com a fisioterapia por um ano e não tinha acompanhamento psicológico. Mesmo com os membros superiores comprometidos, eu não queria saber da doença e não era acompanhada por especialista particular, tudo porque me recusava.
Como no começo da minha doença não se percebia tanta evolução, hoje, eu penso que toda a minha família entrou em nesse mesmo processo de negação, pois eles não insistiam para que eu voltasse para a fisio e nem procurasse um especialista particular ou apoio psicológico.
Comecei a pesquisar frequentemente sobre passagens aéreas baratas para conhecer novos lugares. Conheci Maceió, Salvador, Teresina, Parnaíba, Foz do Iguaçu e Manaus, além de ir várias vezes ao Rio de Janeiro visitar meus irmãos. O processo de luto é difícil porque é imperceptível para quem está vivenciando-o. Com tantas viagens, se não fosse a necessidade de ajuda, eu estaria no paraíso.
Abraços,
Dani
fonte: http://www.luzparacorpoeespirito.com

5 comentários:

  1. Dani,
    estou mega orgulhosa do seu blog. Tenho certeza que será um meio que vai, dentro do seu tempo, te fazer muito bem e se sentirá cada vez mais amada. Lembre-se do que já nos falamos: uma vez "f.." será sempre...Quero te ver com muitas gargalhadas com essa energia contagiante. E juntas estaremos rumo ao passo 5 da sua figura...vc pode!! Te admiro demais menina... bj grande

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  2. Oi, Dani, sou irmã do Alexandre, o macarrão. Que Deus te abençoe a você e a toda a sua família. É o que te desejo, com muito respeito e carinho. Tatiana.

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  3. Com certeza Dani, eu fui uma das que negou, me lembro bem dessa faze da descoberta até porque fui agraciada com a visita de vcs num dia de festa aqui na minha casa, depois de saber do diagnóstico eu torci muito pra que vc aproveitasse todo e cada minuto possivel pra viver momentos inesquecíveis, conhecer lugares diferentes e se encher de lembranças maravilhosas... Pq muitas vezes passamos a vida toda presos a uma rotina que nos impede de viver novas experiêcias... Espero que tenhas aproveitado mesmo cada viagem feita e cada momento vivido até então... E como vc mesmo disse tu és humana, e negar é humano tb... Estou adorando seu Blog, e abençoada maquina que lhe proporciona compartilhar seus pensamentos... Te amo! Rafaella (meu perfil está como prego batido, vou arrumar isso logo....

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  4. Dani, comecei a ler seu blog. Parabéns pela sua coragem e pela forma como escreve. Seu blog é maravilhoso faz com que repensemos a nossa própria vida. Você está em minhas orações te desejo muita força e felicidade (sei que é possível!). Laura

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  5. Dani, comecei a ler seu blog. Parabéns pela sua coragem e pela forma como escreve. Seu blog é maravilhoso faz com que repensemos a nossa própria vida. Você está em minhas orações te desejo muita força e felicidade (sei que é possível!). Laura

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